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POLÍCIA

Proteção: ações do Governo de MS garantem distância entre agressores e vítimas de violência

Nos últimos oito anos, mais de 10 mil agressores foram monitorados e 1,3 mil vítimas receberam o botão do pânico em Mato Grosso do Sul. Nenhuma destas mulheres foi vítima de feminicídio, segundo a Agepen.

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Enquanto campanhas como o “Agosto Lilás” promovem engajamento no combate à violência contra mulheres, ações do Governo Estadual se destacam com resultados positivos no atendimento às vítimas.

Uma mulher de 51 anos está entre as pessoas acolhidas pelo sistema de proteção após ter a casa invadida pelo ex-namorado, ser ameaçada e até ficar sob a mira de um revólver durante horas. Agora ele está sendo monitorado com tornozeleira eletrônica pela Polícia Penal e a vítima pode acionar o botão pânico a qualquer momento.

“Eu pedi a medida protetiva no início de dezembro de 2023 porque eu estava sendo ameaçada de morte e a pessoa criou uma fantasia na cabeça. Busquei os órgãos de segurança. Fui prontamente atendida”, conta.

Depois de registrar um boletim de ocorrência na DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Campo Grande, ela também passou a ser acompanhada pelo Promuse (Programa de Monitoramento e Proteção das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar) da Polícia Militar.

Tornozeleiras usados pelos agressores (Foto: Agepen)

“Eu me sinto mais segura principalmente porque é feita visita técnica, relatório e todo o processo é mantido atualizado, com tudo que está sendo acontecendo. Diante de alguma sensação de insegurança ou de medo eu entro em contato com o programa e sou prontamente atendida através do WhatsApp ou da ligação. Dessa maneira eu recebo uma orientação que me tranquiliza”, detalha.

A decisão de dar entrevista foi tomada principalmente para incentivar outras mulheres a buscarem ajuda. “Entrem em contato com a Delegacia da Mulher, façam o boletim de ocorrência, procurem uma proteção porque nós acreditamos na Justiça e principalmente não retirem a medida protetiva. É o que mantém a gente segura. Eu acredito que se eu não tivesse buscado ajuda, com certeza seria mais um número na porcentagem de feminicídio”, diz.

Dados da UMMVE (Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual) da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) revelam que, assim como nesse caso, atualmente, 189 agressores são monitorados no Estado, a cada passo, com tornozeleiras eletrônicas, enquanto 29 vítimas utilizam o botão do pânico, proporcionando um meio eficaz de rastreamento e proteção.

Viatura do Promuse em monitoramento (Foto: Álvaro Rezende)

Graças a esse trabalho, nos últimos oito anos, 10,8 mil agressores foram monitorados e 1,3 mil vítimas receberam o botão do pânico. Mais do que números, os avanços conquistados demonstram resultados, já que, até o momento, nenhuma destas mulheres foi vítima de feminicídio.

Usuários das tornozeleiras eletrônicas são monitorados em tempo real, com alertas automáticos em caso de violação das condições estabelecidas. Se um monitorado se afastar de áreas restritas ou tentar remover o dispositivo, o sistema gera alertas imediatos.

Além do monitoramento eletrônico, existe uma gama de projetos e serviços da Agepen para evitar novas agressões. O Programa “Um Olhar Além da Vítima” promove encontros entre psicólogos e agressores, buscando reduzir a reincidência de comportamentos violentos. O Espaço Lilás, dedicado ao atendimento das vítimas, é um ponto de apoio crucial para garantir que as necessidades das mulheres sejam atendidas de maneira sensível e eficaz.

A rede de apoio também inclui o trabalho do GAFIP (Grupamento de Ações de Fiscalização Penitenciária) da Polícia Penal, que atua em operações de fiscalização ou quando há acionamento. Como forma de melhor estruturação deste serviço, a Agepen destinou este ano ao grupamento três viaturas, com investimento de R$ 940 mil.

Botão do Pânico (Foto: Keila Oliveira/Agepen)

Nesse contexto, o aumento no monitoramento vem com um aprimoramento das ferramentas disponíveis.

O Governo do Estado, por meio da Agepen, está ampliando em 60% o total de equipamentos de rastreamento, com investimento na ordem de R$ 19.307.040,00, entre recursos federais e contrapartida do estado. Parte deste investimento vem de projeto apresentado junto ao Ministério das Mulheres, com destinação especifica para o enfrentamento à violência doméstica.

Promuse
Com a Segurança Pública trabalhando integrada em prol da proteção às vítimas de violência doméstica, Campo Grande e outros 24 municípios do Estado contam com o Promuse, que atualmente acompanha mais de 2,5 mulheres com medidas protetivas. Após a primeira visita domiciliar da equipe, a vítima passa a ser acompanhada através de contatos telefônicos e presenciais. Os atendimentos podem ser acionados via 190, pelo número (67) 99180-0542 (inclusive pela plataforma WhatsApp) ou nos canais do interior do Estado. O pedido entra como urgência e a viatura mais próxima é deslocada imediatamente.

Outros canais de proteção

A Central de Atendimento à Mulher (Plataforma Mulher Segura) pode ser acionada pelo 180. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher fica na Rua Brasília, s/n, Jardim Imá (dentro da Casa da Mulher Brasileira) em Campo Grande. O contato via telefone é o (67) 4042-1324 ou 1319. No CEA informações e agendamentos são feitos pelo 0800-067-1236 ou (67) 3361-7519.

Danielly Escher, Comunicação Governo de MS
Keila Oliveira, Comunicação Agepen
Foto de capa: Álvaro Rezende

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Tecnologia e trabalho integrado contribuem para aumento de 30% na apreensão de drogas em MS

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As apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul registraram um aumento expressivo de 30% em 2024, conforme dados divulgados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Entre janeiro e novembro deste ano, o volume total de entorpecentes interceptados chegou a 525.163,6 quilos, contra 403.540,8 quilos no mesmo período de 2023.

A Superintendência de Inteligência de Segurança Pública e a Coordenadoria de Fiscalização e Controle, setores vinculados à Sejusp, apontam que o maior volume foi registrado no interior do Estado, com 471.060,6 quilos, enquanto a Capital somou 54.103,0 quilos.

O grande destaque deste ano foi a apreensão de maconha em Mato Grosso do Sul, que totalizou 499.755,4 quilos. A cocaína foi a segunda droga com maior volume de interceptações no Estado, com 11.623,1 quilos apreendidos, seguida de outras substâncias ilícitas em menor escala conforme mostra o quadro abaixo:

O levantamento também revela variação de 6% nas ocorrências relacionadas ao tráfico, levando em consideração o mesmo comparativo. Em 2024 foram registradas 3.759, contra 3.558 ocorrências registradas em 2023.

O Diretor do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), tenente-coronel Wilmar Fernandes, atribui os bons resultados da instituição às estratégias de integração com outras entidades de segurança pública em todo o país. Entre essas parcerias, destaca-se a colaboração com as unidades federativas que compõem a SULMASP — bloco que reúne os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, por meio de suas respectivas Secretarias de Segurança Pública.

“Neste ano implementamos o curso de operações de fronteira e trouxemos polícias militares da SULMASP, fortalecendo ainda mais a integração entre as forças policiais”, destacou o diretor. O diretor do DOF também enfatizou a colaboração estreita com órgãos de inteligência como a Polícia Federal, a Receita Federal, o Exército Brasileiro, além de parcerias com o estado de Goiás.

Outro ponto relevante, segundo o diretor, são os investimentos em tecnologia e equipamentos realizados pelo Governo do Estado, que têm contribuído para melhorar significativamente as condições de trabalho das equipes do DOF.

Já o delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Sousa, titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), destacou as três frentes de atuação da instituição: prevenção, repressão e incineração de entorpecentes apreendidos. O delegado ressaltou que o uso de serviços de inteligência aliado ao trabalho de campo tem gerado resultados expressivos, como o fechamento de bocas de fumo em diversos bairros de Campo Grande.

“Quando fechamos uma boca de fumo na cidade, evitamos vários tipos de sofrimento para a população, principalmente crimes contra o patrimônio e contra a vida. Isso leva um pouco de sossego aos moradores da capital”, afirmou o delegado.

A soma de esforços entre as diferentes instituições e o compromisso com a melhoria constante são, segundo os dirigentes, os principais fatores que sustentam os avanços alcançados tanto no combate ao crime quanto na segurança da população.

Assessoria de Comunicação Sejus20
Foto: Divulgação/Sejusp

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