MATO GROSSO DO SUL
CRAS/Imasul acolhe filhote de macaco-prego com fratura e inicia cuidados intensivos para recuperação

O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – Imasul, está cuidando de uma fêmea de macaco-prego com idade estimada entre 45 e 60 dias. O animal chegou ao local com ferimentos leves provocados por um choque e uma fratura exposta na falange da mão direita. Os cuidados são intensivos, especialmente devido à fragilidade do filhote.
A equipe de veterinários do Hospital Ayty está alimentando o animal a cada três horas, incluindo durante a madrugada, por meio de mamadeiras preparadas pela equipe do CRAS. A fórmula láctea é cuidadosamente balanceada para atender às necessidades nutricionais do animal. Além disso, pequenas porções de frutas maduras já começaram a ser oferecidas, buscando estimular o instinto de mastigação e sugação.
Adaptação e comportamento
Apesar das circunstâncias, a filhote apresenta comportamento típico da espécie. Ela demonstra curiosidade pelo ambiente e reconhece a mamadeira durante a alimentação. Para reduzir a carência causada pela perda da mãe, permanece agarrada a um bichinho de pelúcia durante grande parte do dia, o que lhe proporciona conforto emocional.
Nos últimos dias, a equipe notou avanços significativos: o filhote passou a vocalizar e agora permanece acordado durante o dia, comportamento diferente do início de sua chegada, quando dormia praticamente o tempo todo.
“Cada animal resgatado representa a importância de unir esforços para a conservação de nossas espécies e de seus habitats. Nosso trabalho não termina com o resgate, mas com a devolução à vida livre, sempre que possível”, reforçou André Borges, diretor presidente do Imasul.
“Nosso compromisso é reabilitar cada animal com responsabilidade e carinho, garantindo que estejam preparados para viver novamente em liberdade”, concluiu Aline Duarte, gestora do CRAS.
Cuidados e reabilitação
Por ser muito jovem e ainda apresentar limitações, como a dificuldade em sustentar a cabeça erguida por períodos prolongados e uma locomoção mais lenta, a filhote permanece isolada de outros macacos do CRAS. A medida visa garantir sua segurança e facilitar a recuperação completa.
Os esforços da equipe do CRAS são voltados para reabilitar o filhote, proporcionando-lhe as condições necessárias para um desenvolvimento saudável. A meta, como em todos os casos atendidos pelo centro, é devolvê-lo à natureza assim que estiver plenamente recuperado e preparado para a vida em seu habitat natural.
A veterinária Jordana Toqueto, responsável pelo caso, explicou que a atenção ao bem-estar emocional é tão importante quanto os cuidados físicos. “Esse filhote chegou muito debilitado, mas tem demonstrado um progresso. Estamos cuidando para que ela recupere sua força e autonomia de forma gradual, respeitando seu tempo e suas necessidades”, ressaltou.
Cada filhote que chega ao CRAS é imediatamente recebido por uma equipe comprometida de biólogos, veterinários e zootecnistas, que, com atenção e precisão, os conduzem ao ambulatório. Nesse espaço, suas condições de saúde são avaliadas de forma minuciosa, e o processo de reabilitação começa, marcado pela esperança de devolver esses animais à vida interrompida.
“Nossos esforços demonstram que, com dedicação e carinho, é possível transformar histórias de abandono e sofrimento em histórias de superação e esperança. A recuperação desse filhote é mais uma prova de que a natureza sempre nos surpreende com sua resiliência,” destacou Fernanda Mayer, bióloga do CRAS, responsável pelo setor de filhotes.
Hospital
O Hospital Ayty, vinculado ao Imasul, recebeu este nome inspirado na língua Tupi-Guarani, significando “cuidado” e “acolhimento”. Desde sua criação, a estrutura se consolidou como o maior e mais moderno centro de reabilitação de animais silvestres das Américas, cumprindo seu compromisso de se tornar uma referência em medicina veterinária silvestre e um pilar fundamental na preservação da biodiversidade do Estado.
O hospital não se destaca apenas pela excelência nos cuidados médicos e nutricionais dos animais, mas também pela adaptação dos ambientes conforme as necessidades de cada espécie. Os espaços são cuidadosamente projetados para promover conforto, estimular comportamentos naturais e facilitar a reabilitação, aumentando as chances de uma futura reintegração à natureza.
Gustavo Escobar, Comunicação Imasul
Fotos: Imasul/Divulgação


MATO GROSSO DO SUL
Com perspectiva de aumentar produção, volume das exportações de ovos de MS aos EUA dobra a cada ano

As granjas instaladas em Mato Grosso do Sul produziram 1.117.104.000 unidades de ovos durante o ano de 2023, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os municípios de Terenos (34,62%), Ivinhema (29,13%) e Dourados (6.39%) concentraram mais de metade dessa produção.
Outros importantes produtores naquele ano foram: Sidrolândia, com 69 mil unidades; Jateí (43 mil), Cassilândia (41 mil), São Gabriel do Oeste (29 mil), Água Clara (26 mil) e Douradina (25 mil).
A maior parte do que se produz no Estado acaba sendo consumido pelos próprios habitantes, porém um volume importante tem sido destinado à exportação. Os Estados Unidos dobraram as importações nos últimos anos. Em 2023, o país comprou 1.142.050 quilos de ovos de Mato Grosso do Sul.
No ano seguinte esse volume saltou para 2.096.000 quilos e nos três primeiros meses desse ano as exportações para os EUA já somam 840 mil quilos de ovos.
Outros importantes compradores de ovos produzidos em Mato Grosso do Sul em 2024 foram o Chile (236 mil quilos), Colômbia (72 mil quilos) e Filipinas (24,3 mil quilos).
Os Estados Unidos se ressentem da falta da proteína e alta nos preços devido à gripe aviária, que obrigou os produtores a eliminar 123 milhões de galinhas, perus e outras aves desde o início dos surtos, em 2022. Com isso, têm aumentado a compra do produto de vários países.
O Brasil se tornou o maior fornecedor do produto para os EUA no primeiro trimestre desse ano, com aumento de 346% nas vendas, conforme dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Foram enviados àquele país, pelo Brasil, 2.705 toneladas de ovos nos três primeiros meses do ano.
A avicultura de postura tem relevância para a economia do Estado por várias razões, conforme explica o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Rogério Beretta.
“O Governo entende que a produção de ovos é uma excelente alternativa para Mato Grosso do Sul, dada a grande produção de grãos e os altos níveis de sanidade e biossegurança. Além disso, nossa logística de atendimento aos estados da região Sudeste e Sul, além dos países vizinhos é muito favorável”.
Nesse contexto, há motivos e espaço para o setor crescer. As duas principais empresas produtoras de ovos no Estado – a cooperativa Camva e o Grupo Yabuta – preveem aumento na produção a curto prazo.
Os cooperados da Camva produzem cerca de 1 milhão de ovos por dia, conforme o diretor administrativo da cooperativa, Issao Kurokawa. E há projetos de expansão de aviários que, dependendo da demanda, estimulam os produtores a responder ao mercado aumentando ou reduzindo a produção, explicou.
Já o Grupo Yabuta, segundo informou o presidente Fábio Yabuta, tem produção diária de 2,4 milhões de ovos ao dia. No entanto, essa produção deverá ter um salto significativo nos próximos anos com a concretização de um megaempreendimento em implantação no Distrito de Nova Casa Verde, em Nova Andradina.
O complexo abrange cinco aviários e também uma fábrica de ração para suprir a criação de milhões de galinhas poedeiras. Com entrada em atividade a partir de 2027, esse empreendimento vai elevar a produção diária da Yabuta no Estado para 3,8 milhões de ovos.
O Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Nova Andradina, executaram obras de infraestrutura no acesso à granja. Na época, o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, justificou a medida.
“É um investimento importante, gera muitos empregos e traz desenvolvimento para o Estado, portanto estamos cumprindo a determinação do governador Eduardo Riedel de dar total apoio aos municípios em pautas como essa”, afirmou.
João Prestes, Comunicação Semadesc
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