INTERNACIONAL
China segura entrada de equipe da OMS que estuda origens da Covid-19
Beijing alegou que vistos dos pesquisadores ainda não haviam sido aprovados; estudo é prioridade para órgão

A China bloqueou a entrada da equipe da OMS (Organização Mundial da Saúde) responsável pela investigação das origens da Covid-19. O país alegou que os vistos ainda não haviam sido aprovados nesta terça (5).
O diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou a situação como “desanimadora”. Segundo ele, dois membros já viajaram ao país e outros tiveram de desmarcar o embarque de última hora.
“Tenho mantido contato com funcionários chineses e já deixei claro, mais de uma vez, que a missão é prioridade para a OMS e para a equipe internacional”, disse ele ao britânico “The Guardian”.
A negociação para iniciar o estudo já se prolonga desde julho. O grupo pretende ir a Wuhan, primeiro epicentro do vírus, para investigar a possível origem da transmissão da Covid-19 em humanos.
O objetivo não é averiguar alegações de que o vírus teve origem em um laboratório chinês – já rejeitadas por cientistas do todo o mundo. As acusações aumentaram os índices de xenofobia contra chineses e alimentam as tensões geopolíticas entre Beijing e Washington.
O próprio presidente norte-americano, Donald Trump, defende que a China desenvolveu o vírus e suspendeu as verbas dos EUA à OMS em abril ao alegar “falta de independência” do órgão.
Agora a agência de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas) espera garantir a entrada dos membros da comissão em território chinês. “Entendemos que esta deve ser apenas uma questão burocrática que pode ser resolvida rapidamente”, disse Ghebreyesus.


INTERNACIONAL
Vacina da Sinovac, aprovada pela Indonésia, é ‘estratégica’ para China
Proteção da Sinovac na Indonésia foi de 65,3%; China usa “diplomacia das vacinas” em países dependentes da Covax

A Indonésia é o primeiro país a autorizar o uso emergencial das vacinas desenvolvida pela Sinovac, da China, em seu território, confirmou a Reuters nesta segunda-feira (11). É uma vitória estratégica para a China, que prevê a envios a países do Sudeste Asiático, África e América Latina.
O fornecimento das doses para países de renda média e baixa é parte de um avanço estratégico do governo chinês. A chamada “diplomacia das vacinas” da China não visa os EUA ou grandes potências ocidentais, mas o Sul Global.
“É a chance de Beijing exercer seu poder brando”, aponta uma análise do portal GZero, vinculado à consultoria de risco político Eurasia Group.
A China concederia vacinas aos países que dependem exclusivamente da Covax, mecanismo ligado à OMS (Organização Mundial da Saúde) que tem capacidade de imunizar apenas 20% das populações de cada nação participante até o final de 2021.
Além de reparar a reputação chinesa depois de encobertar os primeiros casos de Covid-19 em Wuhan, em janeiro de 2020, Beijing vê a possibilidade de conceder empréstimos para a compra das doses.
Na Indonésia, a vacina demonstrou uma taxa de proteção de 65,3% – abaixo dos dados registrados no Brasil, de 78%, a partir da parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A vacinação deve começar nesta quarta-feira (13), disse o ministro Budi Gunadi Sadikin.
Antes, o país questionou a existência de derivados suínos na composição, o que gerou oposição de parte dos indonésios às doses.País de maioria muçulmana, o arquipélago declarou a vacina da Sinovac halal – ou seja, permitida pelo Islã.
Antes da Indonésia, os Emirados Árabes Unidos e Bahrein autorizaram o uso das imunizações da chinesa Sinopharm, em dezembro. Entre as vantagens, Abu Dhabi listou a eficácia de 86% de proteção e relativos baixos custos em sua produção.
Outros imunizantes
Além da Sinopharm e da Sinovac, a China tem quatro outras vacinas candidatas em testes clínicos de fase III – considerada a última e essencial para a obtenção do registro sanitário para demonstração de eficácia.
Se aprovadas, as candidatas podem aumentar a produção chinesa para mais de 3 bilhões de doses – capazes de imunizar 1,5 bilhão de pessoas em 2022. A produção das vacinas representa uma esperança, mas não o ponto final da pandemia.
Mas o recente aumento de contágios por Covid-19 na China já acendem o alerta para a disponibilidade, ou não, das doses aos países mais pobres.
Nesta segunda-feira, autoridades chinesas registraram 103 novos casos do vírus na província de Hebei, próxima a Beijing. O governo já decretou lockdown na capital Shijiazhuang e em Xingtai para impedir a propagação do vírus.
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